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Tendências 2025: AVAC para casas inteligentes

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O setor do AVAC está a passar por uma revolução tecnológica sem precedentes. A procura de um equilíbrio entre o máximo conforto, a sustentabilidade e a poupança de energia constitui um desafio que exige inovação e conhecimento, tanto a nível tecnológico como das novas instalações

O sector do Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado – AVAC - está a passar por uma transformação, impulsionada pela inovação no sentido de soluções eficientes e sustentáveis que procuram maximizar a poupança de energia, o conforto térmico e a comodidade.

O novo ano acabou de começar e neste contexto, podemos identificar as principais tendências que vão marcar o mercado em 2025. Olhando para os interesses dos consumidores, percebemos que estes estão a dar prioridade a produtos tecnológicos que incluam inteligência artificial e que possam ser integrados em sistemas de domótica. O termo domótica é fruto da fusão de duas palavras distintas: “domus” que em latim significa “casa” e “robótica”, tradicionalmente associada a tudo o que são processos de automatização.

Em Portugal, e de acordo com o Statista Market Insights, a domótica no espaço doméstico está a crescer e estima-se que a penetração de casas inteligentes nas famílias tenha sido de 14,4% em 2025 e que chegue aos 34,2% em 2028. Esta tendência para a conetividade está a mudar o paradigma do mercado, conduzindo a soluções mais digitalizadas. A pesar do investimento inicial ser significativo, a utilização a médio e a longo prazo proporciona poupança através do controlo de custos, aliado a outras vantagens que permitem ao utilizador final uma maior qualidade de vida.

Por outro lado, em março de 2024, o Parlamento Europeu adotou a nova Diretiva EPDB, relativa ao desempenho energético dos edifícios. A EPDB apoia a descarbonização, com particular incidência nos parques habitacionais existentes, e afeta todos os Estados-Membros que terão de transpor as medidas para os seus países num prazo máximo de dois anos, ou seja, até março de 2026. Os objetivos europeus são assertivos: até 2040 todos os parques habitacionais dos países que integram a União Europeia devem ter a classificação energética de A ou B. Em concreto, para se alcançar este objetivo de descarbonização do parque imobiliário, estamos perante um desafio, um desafio que exige a renovação dos sistemas tradicionais de AVAC e AQS com equipamento de emissões quase nulas.

Neste contexto de digitalização, sustentabilidade e conforto, a Eurofred, empresa especializada em soluções integrais de climatização, aerotermia e qualidade do ar interior, com mais de 50 anos de experiência, partilha a sua classificação das tendências de climatização para 2025:

1) Hibridização com energias renováveis: Os sistemas de climatização híbridos que combinam métodos tradicionais com energias renováveis, como a energia aerotérmica, estão a consolidar-se no mercado devido à sua capacidade de otimizar o consumo de energia e de cumprir regulamentos ambientais mais rigorosos. Reconhecida como energia renovável pelas Diretivas 2009/28/CE e 2018/2001, a energia aerotérmica cobre as necessidades de climatização e AQS com um quarto das emissões de CO2 dos sistemas elétricos, 60% menos do que os sistemas a gasóleo e 40% menos do que os sistemas a gás. Além disso, quando combinada com painéis solares fotovoltaicos, reduz ainda mais as emissões e gera poupanças de energia significativas, tornando-a a alternativa de eleição.

2) AVAC inteligente: A revolução da Internet das Coisas (IoT) está a transformar o sector do AVAC. Até 2025, os sistemas inteligentes capazes de se ligarem às redes domésticas e de ajustarem o seu funcionamento de forma autónoma continuarão a crescer. Neste caminho, as empresas e os profissionais do sector têm uma grande oportunidade de se diferenciarem por serem capazes de oferecer um melhor serviço, monitorizando e antecipando possíveis ineficiências através da manutenção preventiva e corretiva.

3) Fluido frigorígeno com baixo GWP: Com a eliminação progressiva dos fluido frigorígeno com elevado potencial de aquecimento global (GWP), a indústria está a avançar para alternativas mais ecológicas, como o R-290 ou o R-744 (CO2). Embora estes fluidos frigorígenos sejam menos prejudiciais ao ambiente, também requerem mais conhecimentos para serem manuseados em segurança, garantindo assim a eficiência e a sustentabilidade em cada projeto.

4) Soluções de ar condicionado à medida: quando falamos de sistemas de ar condicionado eficientes, devemos evitar soluções de “tamanho único”. Garantir um consumo otimizado e facilitar a poupança de energia exige ouvir o cliente, compreender as suas necessidades e fornecer-lhe uma solução personalizada que garanta conforto e sustentabilidade. Assim, a personalização das soluçãos de climatização é fundamental para responder às expectativas dos clientes, melhorar a sua satisfação e oferecer um serviço diferenciado.

5) Recuperação de calor: Os dispositivos de VMC (ventilação mecânica controlada) permitem renovar o ar das habitações sem penalizar a temperatura interior, maximizando assim a eficiência energética, otimizando o consumo e respeitando as normas ambientais mais rigorosas. Estes sistemas, especialmente os de duplo fluxo, incluem permutadores de calor que transferem a energia do ar extraído para o ar novo que entra, reduzindo as perdas de energia.